Tia apresenta print com pedido de socorro a PM e relata tentativas de salvar menino do pai assassino, em Itamarandiba

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Em áudio, Cléia Miranda afirma que a família pediu ajuda às autoridades

O caso da morte de Gabriel Miranda, de 9 anos, encontrado sem vida em uma mata na comunidade de Várzea do Santo Antônio, em Itamarandiba (MG), ganhou um novo contorno após a tia paterna da criança, Cléia Miranda, se defender das acusações feitas contra a família de não pedido socorro enquanto a criança ainda estava viva. Em um áudio divulgado nas redes sociais, ela detalhou as tentativas de resgate e desabafou sobre a dor que a família enfrenta após o trágico desfecho. 

No áudio, a tia afirmou que a família fez contato com as autoridades e tentou negociar a entrega do menino diretamente com o pai, de 50 anos. “Nós pedimos, sim, ajuda ao sargento” relatou a tia ao enviar uma captura de tela com pedido de ajuda realizado no dia 10. “A minha família ficou cara a cara com o Geraldo Miranda, só que não conseguiu tirar o menino porque só o Devair (primo) sabia dirigir, e ele estava armado”, explicou. 

A tia de Gabriel também revelou que a família não mediu esforços para tentar negociar a libertação da criança. “Nesse dia, a gente levou até a Simone (mãe) para tentar negociar,” disse ela. Ela ainda reforçou que, apesar da situação complicada, ninguém ficou parado. “Nós fomos lá tentar negociar, mas ele não deixou trazer o menino”, complementou a tia.

Cléia Miranda também desabafou sobre a dor de perder o sobrinho. “Eu estou arrasada, estou vivendo apenas de remédio”, declarou. Ao final do áudio, a tia pediu que as pessoas parassem de julgar a família. “Para de julgar, porque ninguém sabe a dor que nós estamos passando”, disse ela com pesar.

Sobre o crime

Gabriel Santos Miranda foi morto com um tiro no ouvido pelo próprio pai, Geraldo Aparecido Alves Miranda, na comunidade de Várzea do Santo Antônio. O corpo do menino foi encontrado no dia 15 de março, após buscas intensas lideradas pelo primo, Devair Miranda. Geraldo confessou o crime em um áudio enviado a familiares, alegando que matou o filho por não aceitar o fim do relacionamento com a mãe da criança.

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