O vereador Gerson não tinha conhecimento de que o projeto seria pautado naquela sessão
A Câmara Municipal de Jenipapo de Minas aprovou, na tarde da última quarta-feira, 4 de junho, o projeto de municipalização das escolas estaduais Padre Willy e Antônio Ramalho Mota. No entanto, a votação foi conduzida sem o conhecimento prévio por parte da população e também de um parlamentar.
Durante a votação, os vereadores Dalton Félix, Satil, Orlando, Cido de Judite, Jucileia e o Presidente da Câmara, Anderson Soares, se posicionaram a favor da municipalização. Os votos contrários foram registrados pelos vereadores Nivaldo de Deca e Gerson Gomes. A vereadora Dona Glória não esteve presente. Embora a proposta tenha sido aprovada, o que chamou a atenção foi que o projeto foi levado à votação sem aviso à comunidade e sem conhecimento de todos os parlamentares.
No momento em que o Presidente da Câmara iniciava a chamada dos vereadores para que expressassem seus pareceres, um dos parlamentares manifestou sua surpresa, alegando desconhecer que o projeto estaria em pauta naquela sessão. “Esse projeto aí é o projeto da municipalização, né?” disse o vereador Gerson. Em seguida, o presidente confirma o questionamento e o vereador informa não ter conhecimento do mesmo. “Esse projeto aí, eu peço vista dele porque eu nem sabia o que ia ser votado”.
Apesar da tentativa de expressar, o vereador foi interrompido pelo presidente que prosseguiu com a votação. Mesmo diante da insistência do parlamentar em pedir esclarecimentos, o vereador Anderson Soares manteve o curso da sessão, encerrando a votação com sete votos favoráveis e dois contrários.
A notícia da aprovação e como o processo foi conduzido provocaram indignação na população. Um morador local, que preferiu não ser identificado, expressou sua insatisfação. “A população está indignada, uma vez que a população não aderiu a esse projeto e nem a escola. Teve uma primeira votação onde o ‘não’ foi a maioria e prevaleceu.” O morador criticou veementemente a reunião que, segundo ele, ocorreu “sem o convite à população para participar” e ainda afirmou que a comunidade se sente “desolada por tamanho desrespeito”.
O resultado da votação só veio a público após a circulação de um vídeo nas redes sociais. A medida transfere a gestão das instituições do Governo de Minas Gerais para a Prefeitura Municipal.
