A vereadora eleita se defendeu e negou as acussações
O partido Solidariedade apresentou uma ação na Justiça Eleitoral da comarca de Capelinha/MG, contestando a prestação de contas da vereadora Vitória Carolina Lopes de Abreu, eleita no município de Água Boa com 282 votos. A ação, formalizada pelo presidente do partido, Janderley Gomes de Araújo, alega várias irregularidades na prestação de contas da parlamentar.
A candidatura de Vitória foi aprovada, mas sua prestação de contas apresentou valores “zerados”, sem qualquer gasto declarado. No entanto, o partido sustenta que a candidata realizou gastos visíveis durante a campanha, como produção de materiais gráficos, organização de carreatas e aluguel de veículos.
O partido apresentou provas de que Vitória Carolina usou durante a campanha santinhos, adesivos e outros itens, mas não comprovou as despesas para esses itens. Além disso, o partido alega que a vereadora alugou um veículo, um Toyota Etios, para uso em sua campanha, mas o aluguel foi pago pela empresa JFX Construções Terraplanagem e Pavimentações LTDA, configurando uma doação ilegal.
A ausência de documentos comprobatórios, como notas fiscais, extratos bancários e recibos, também é questionada pelo partido, pois segundo eles esses documentos são fundamentais para garantir transparência na prestação de contas.
Com base nessas acusações, o Solidariedade pede que as contas de Vitória Carolina Lopes sejam declaradas como não prestadas ou reprovadas. O partido também solicita que a candidata seja considerada inelegível e que seu diploma de vereadora eleita, seja cassado, devido às irregularidades que comprometem a igualdade e integridade do processo eleitoral. Além disso, o partido pede que a Justiça Eleitoral determine que a locadora de veículos forneça informações detalhadas sobre o contrato de aluguel do veículo.
A vereadora Vitória Carolina defendeu-se das acusações do partido Solidariedade, que questiona a prestação de contas de sua campanha. Segundo ela, todas as contas de sua campanha foram apresentadas à Justiça Eleitoral e as suas contas não possuem irregularidades. “Eu apresentei todas as notas, tudo. Eles apresentaram coisas que não têm fundamentação nenhuma, mas que vão ter que provar judicialmente”, afirmou.
Em resposta às alegações de que teria realizado pagamentos de cabos eleitorais sem registrar os valores e o aluguel de um veículo teria sido pago por terceiros, Vitória negou as acusações. “Eles alegaram que paguei cabos eleitorais e não fiz prestação de contas, eu não fiz isso. Alegaram de um carro que alguém pagou para mim e isso não procede”, defendeu-se a parlamentar.
A vereadora eleita também destacou que confia na Justiça e que seu compromisso é com os direitos da população de Água Boa. ‘Eu acredito muito na Justiça. O que eu tenho a provar está aí.” concluiu a parlamentar.
