Segundo o vice-presidente da legenda, Moro vai “se submeter às regras do partido” e pode ser candidato “a qualquer cargo”
O vice-presidente do União Brasil, deputado Junior Bozzella, confirmou, nesta quinta-feira (31), que o ex-juiz Sergio Moro assinou a ficha de filiação ao União Brasil. O ex-ministro do governo Bolsonaro tinha se filiado ao Podemos, em novembro de 2021, visando disputar a presidência da República.
Contudo, desta vez, não é considerada grande a possibilidade de ele abrir mais da corrida ao Planalto e disputar uma vaga no Congresso.
Em coletiva de imprensa, Junior Bozzella disse que o partido ainda não decidiu que vai bancar a tentativa de Moro de chegar ao cargo máximo do país ou se vai apoiar outro nome.
“É um filiado como outro qualquer e foi muito humilde, muito singelo, no sentido de se colocar como um soldado do União Brasil. Moro entra num partido e se submete às regras desse partido”, destacou Bozzella.
Nas últimas pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, Sergio Moro aparece e terceiro lugar, empatado tecnicamente com Ciro Gomes (PDT), com menos de 10% dos votos. Ele ainda está bem atrás do segundo colocado, o presidente Jair Bolsonaro.
Além disso, o deputado disse que seria uma “maravilha” ter Sergio Moro como candidato a deputado federal pelo União Brasil, assim como ao Senado, ao governo de São Paulo ou até mesmo para vice-presidente da República. “Moro serve para qualquer quadro”, afirmou.
No entanto, ele admitiu que para o Senado, há uma chance maior de o partido lançar o apresentador José Luiz Datena.
Moro será colega de partido de filha de Cunha e Anthony Garotinho
Caso se filie ao União Brasil, Moro, que empunha a bandeira do combate à corrupção, poderá dividir palanques com figuras políticas envolvidas em escândalos.
Entre eles, Danielle Cunha, filha do ex-deputado Eduardo Cunha, que Moro mandou prender quando era o juiz da Lava Jato em Curitiba.
Também integra o União Brasil o deputado estadual Arthur do Val, o Mamãe Falei, com quem Moro rompeu há uma semana, após o parlamentar ter áudios vazados. Nas conversas, ele dispara falas machistas e sexistas contra refugiadas ucranianas.
Outro integrante do União Brasil é Anthony Garotinho, o ex-governador do Rio, que está inelegível e chegou a ser preso em processos de corrupção — acusações das quais ele afirma ser inocente.
Fonte: O TEMPO
