Mulher investigada por envolvimento na morte da filha quer a guarda da adolescente de 13 anos, contrariando decisão dos órgãos de proteção
A guarda da irmã de Yara Karolaine, de 10 anos, assassinada em Água Boa no início de março, seguirá, por enquanto, com uma irmã mais velha das meninas, por parte de pai. A decisão, tomada em 20 de março por órgãos competentes, foi motivada por fatores ligados à proteção da adolescente de 13 anos.
A mãe das meninas, Maria Geralda Martins, tenta reverter a decisão judicial. Ela entrou com um pedido para retomar a tutela da filha mais velha e, em entrevista, declarou que já contratou um advogado para agilizar o processo. “Agora estou correndo atrás da guarda provisória dela, até eu conseguir a definitiva. Ela não quer ficar com a irmã. Disse que quer ficar comigo, na hora em que eu mais preciso. Estou fazendo o que eu posso”, relatou.
Segundo o Conselho Tutelar, a guarda de Yara e da irmã, até o dia do crime, era do pai. As duas moravam com ele em uma fazenda na zona rural do município. Eventualmente, visitavam a mãe, que mora no centro de Água Boa. Em uma dessas visitas, as meninas se recusaram a voltar para casa com o pai e permaneceram com a mãe.
Com o desenrolar das investigações do caso que resultou na morte da criança, Maria Geralda passou a ser investigada por suposto envolvimento em crimes relacionados e perdeu o direito de guarda. Diante disso, a Justiça optou por colocar a irmã mais velha como responsável legal pela adolescente de 13 anos, visando à segurança e estabilidade emocional da jovem.
