Justiça nega liberdade a mãe e padrasto de adolescente suspeita de abandonar bebê em Angelândia

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Casal é acusado de tentar alterar a cena do crime para eliminar provas.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais decidiu manter a prisão preventiva da mãe, de 32 anos, e do padrasto, de 39, da adolescente de 16 anos apontada como mãe do recém-nascido abandonado em um terreno baldio em Angelândia. A decisão foi tomada pelo juiz Bruno de Souza Viveiro, da 1ª Vara Criminal do Tribunal do Júri da Comarca de Capelinha.

Segundo o magistrado, o casal teria tentado fugir e alterado a cena do crime, o que motivou a negativa do pedido de liberdade. De acordo com relatos de policiais militares que atenderam a ocorrência, o quarto da adolescente foi completamente limpo com o uso de produtos de limpeza, o que levantou suspeitas de tentativa de eliminação de provas.

Paralelamente, o Ministério Público determinou que a adolescente seja encaminhada ao sistema socioeducativo, onde permanecerá internada por 45 dias, assim que receber alta médica. Ela está hospitalizada devido a complicações de saúde decorrentes do parto, que, segundo as investigações, teria ocorrido sem qualquer assistência médica.

O bebê, que inicialmente foi socorrido e passou por cirurgia no Hospital Municipal de Capelinha, não resistiu e faleceu na quarta-feira (23) após quatro dias internado no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII, em Belo Horizonte. O sepultamento está previsto para esta sexta-feira (25).

Testemunhas ouvidas pela polícia afirmaram que havia rumores sobre a gravidez da jovem, mas que a família tentou esconder a situação. No dia do abandono, segundo relatos, a mãe e o padrasto ouviram o choro do bebê, mas optaram por deixar o local sem prestar socorro.