Servidores que atuam no Departamento de Estradas e Edificações de Minas Gerais (DER/MG) decidiram cruzar os braços após mais uma tentativa de negociação frustrada com o governo estadual.
Em conversa da nossa reportagem com uma servidora do DER/MG em Capelinha, a mesma falou um pouco sobre o sucateamento e da desvalorização profissional em que vivem. “Dos 20 servidores que temos aqui na regional, 18 tem mais de 60 anos e já deveriam estar aposentados. Mas devido a defasagem salarial que vivemos há quase uma década, todos eles optaram por continuar trabalhando, já que o salário base deles não chega nem ao mínimo”, conta.
A política do Governo do Estado, que retirou recursos da autarquia, congelando salários e desvalorizando servidores, vem refletindo na precariedade das estradas estaduais mineiras, que, a cada dia se torna intransitável, gerando reclamação e revolta.
Ao ser questionada sobre a falta de atuação da empresa nas estradas que estão sob sua jurisdição, a servidora explicou que o atual governo do estado chegou a cortar 70% do orçamento previsto, o que limitou muito a atuação do departamento. “Chegaram a cortar 70% do nosso orçamento e, por isso, acabamos por não conseguir garantir uma manutenção adequada nas rodovias e estradas”, conta.
Prédio caindo aos pedaços
Recentemente foi registrado em Capelinha um acidente em que o teto onde uma servidora trabalhava caiu e destruiu sua máquina de trabalho. Como não houve reposição dos equipamentos, a profissional se viu obrigada a usar seu notebook particular para realizar o trabalho.