Ministério Público fala em R$ 155 bilhões em reparações das mineradoras, dos quais apenas R$ 9 bi teriam já teriam sido destinados aos atingidos
Após sete anos, pessoas vítimas da tragédia de Mariana ainda não foram devidamente indenizadas
Um novo impasse surge nas negociações entre os governos de Minas Gerais e Espírito Santo e as mineradoras que eram responsáveis pela barragem que se rompeu em Mariana em 2015. O governo mineiro anunciou que vai abandonar a mesa de negociações e que vai buscar a justiça para tentar agilizar o pagamento das indenizações e reparações. Hoje, existem mais de 85 mil processos no judiciário. Durante um ano, todos os envolvidos na questão vinham se reunindo para tentar chegar a um acordo financeiro, mas, durante essa negociação, os repasses ficaram suspensos. A secretária de Planejamento de Minas Gerais, Luiza Barreto, argumentou a mudança de postura do governo, pela busca da resolução na justiça, afirmando que, da forma como a proposta vinham sendo conduzida, não haveria reparação para as pessoas vítimas da tragédia, mas apenas os descendentes das vítimas fatais.
O Ministério Público fala em R$ 155 bilhões em reparações. A fundação criada pelas mineradoras alega que, até o momento, só foram repassados R$ 23 bilhões, tendo sido R$ 9 bilhões em indenizações a 66 mil pessoas, o que, segundo a fundação, representaria 78% do total. O governo de Minas Gerais afirma que o acordo oferecido até agora só contemplaria 60% a 70% do valor esperado.
FONTE: JOVEM PAN