Ex-gestores de Capelinha que cobravam pagamento e aumento do IPTU também estão na lista de devedores

0

Tadeuzinho e Alequison aparecem na lista dos inadimplentes

O ex-prefeito, Tadeuzinho, e o ex-vice, Alequison Gomes, da administração 2021/2024, estão com seus nomes incluídos na lista de devedores de impostos, incluindo o IPTU, o ISSQN e outros tributos. O decreto n° 185/2025 foi publicado em 21 de março e autorizou a notificação de mais de 7 mil pessoas físicas e jurídicas com débitos pendentes com o município de Capelinha (MG).

A situação ganha contornos irônicos quando comparada aos discursos dos próprios ex-gestores durante suas passagens pela prefeitura. Na época, Tadeuzinho justificou o aumento do IPTU ao comparar com o IPVA, afirmando: “A gente não vê tantas reclamações de quem paga R$ 3 mil de documento por ano de um carro de R$ 100 mil. Mas quando chega um IPTU de R$ 200 ou R$ 300, vira uma grande discussão.” Ainda durante o vídeo, o ex-prefeito ainda afirmou que o município iria ter um aumento de IPTU no ano seguinte.

Já o ex-vice-prefeito, Alequison Gomes, fez cobranças para o pagamento do IPTU durante sua gestão: “O recomendado é você pagar o IPTU porque, além de você estar em dias como cidadão, você estará contribuindo para que as obras saiam do papel.” Em seguida, ele lançou um desafio aos contribuintes: “Vou fazer um desafio aqui muito pesado. Aqueles que estão devendo o IPTU referente a 2020, se você procurar em até 30 dias após a publicação dessa lei, você poderá ter 30% de desconto e parcelar em até seis vezes o valor integral.” Apesar das recomendações e do desafio feito aos cidadãos, o próprio aparece na lista de devedores do município e, até a publicação da lista, não havia regularizado sua situação.

A medida estabelece que todos os notificados terão 30 dias para regularizar suas situações financeiras junto ao município. Segundo o decreto, assinado pelo prefeito Jonas Barreiro, a iniciativa visa garantir “justiça fiscal” e “arrecadação municipal” do município.

As listas com os devedores foram assinadas pelo chefe de Rendas e Fiscalização, Cláudio Vítor. Os inadimplentes podem parcelar os valores em até seis vezes sem juros ou multas. Para condições de pagamento mais extensas, serão cobrados juros e multas em relação à dívida.