Erro de manipulação em farmácia acaba matando mulher e uma jovem por intoxicação

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Proprietário de farmácia em Teófilo Otoni terá que indenizar família de Lavrador após perder sua esposa, de 45 anos, e também sua filha, de 22 anos, ambas mortas por intoxicação depois de tomar remédio manipulado.

O caso teria acontecido no ano de 2011, mas a família das vítimas só ajuizou a ação em abril de 2012.

De acordo com as informações da família, eles contam que moravam na cidade de Novo Cruzeiro e que as duas familiares teriam sido diagnosticadas com a doença amebíase, e havia sido prescrito que elas tomassem um medicamento chamado Secnidazol como parte do tratamento. O medicamento não estava disponível onde moravam, devido a isso um farmacêutico se dispôs a encomendá-lo em Teófilo Otoni.

Após conseguir os remédios, as vítimas teriam ingerido o medicamento no dia 2 de dezembro de 2011, logo após começaram a sentir queimação na garganta, fortes dores abdominais e vômito.  As duas mulheres foram hospitalizadas no dia 9 de dezembro de 2011, uma das mulheres morreu neste mesmo dia a jovem dois dias depois.

Após realizada uma perícia, foi comprovado que houve uma troca do princípio ativo de lotes de substâncias encontradas no laboratório onde foi preparado o medicamento, em Teófilo Otoni. No lugar do remédio Secnidazol que foi o prescrito pelo médico, foi encontrada um outro medicamento conhecido como Anlodipina, a magistrada constatou que a responsabilidade dos envolvidos, na condição de fornecedores, era objetiva, independentemente da culpa.

Após tantos anos, foi tomada uma decisão pela 18° Câmara Civil do tribunal de Justiça de Minas Gerais, o proprietário da farmácia de manipulação e mais duas farmacêuticas terão que pagar ao homem e sua filha o valor de R$ 200 mil como indenização.