O Hospital Santana, de Água Boa (MG) está prestes a perder uma emenda de mais de R$ 219 mil destinada à aquisição de um Grupo Gerador 300 KVA. A verba, conquistada por meio de um pedido da Vereadora Vitoria Carolina Abreu, e liberada por meio de emenda parlamentar da deputada Andréia de Jesus (PT), só será efetivada na primeira rodada se o hospital concluir o cadastro no sistema até o fim de hoje (13). Caso contrário, o valor retornará aos cofres públicos e poderá ser realocado para outros municípios.
Tudo começou quando a gestão do hospital solicitou, por meio de um requerimento, uma usina de oxigênio para a salada vermelha da unidade. Entretanto, ao analisar o pedido, verificou-se que o equipamento não constava no portfólio disponível para emendas parlamentares. Diante disso, a deputada prontificou-se a redirecionar os recursos para a aquisição do Grupo Gerador 300 KVA, após conversar com o diretor do hospital, Pedro Soares, e o mesmo confirmar a necessidade do equipamento.
A assessoria da deputada encaminhou todas as orientações para o cadastro no sistema estadual, incluindo um vídeo tutorial explicando o passo a passo. O diretor do hospital comprometeu-se a realizar o cadastro e reunir os documentos necessários. Porém conforme o prazo final se aproximava, Pedro afirmou em outra mensagem que já havia entrado em contato com a equipe para resolver a situação.
De acordo com informações do assessor da deputada, o hospital não está “devidamente cadastrado” no CAGEC (Cadastro Geral de Convenentes). Em contato com a reportagem, Pedro Soares nos encaminhou um áudio confirmando que o CAGEC da unidade não está ativo. Já em outro áudio, o diretor sugeriu, ao assessor da deputada, alternativas para viabilizar o recurso: “Eu acho que é melhor você dar outra maneira de mandar para nós, via Prefeitura, via Secretaria de Saúde”. Pedro destacou a necessidade da verba: “Estou morrendo de precisão dessa verba aqui para poder comprar o gerador de energia, que é muito importante para nós”.
Ainda de acordo com o diretor, a unidade contém dívidas de mais de 10 anos e durante esse período, o hospital não celebrou convênios, recebendo recursos exclusivamente por meio da Prefeitura Municipal ou da Secretaria de Saúde. Além disso, o diretor afirmou estar à disposição para poder ajudar a viabilização desse recurso.