Pela proposta em pauta, está a possibilidade do próprio Conselho de Administração da companhia ser o responsável por estabelecer a política de preços da companhia.
Em reunião marcada para a manhã desta quarta-feira (26), o Conselho de Administração da Petrobras pode mudar a política de preços dos combustíveis da estatal, que alinha os valores cobrados pelas refinarias às variações da cotação internacional do petróleo e do câmbio, a chamada Política de Paridade Internacional (PPI).
Pela proposta em pauta, está a possibilidade do próprio Conselho de Administração da companhia ser o responsável por estabelecer a política de preços. Dessa forma, conselheiros, muitos deles indicados pelo presidente da República, podem, por exemplo, ditar como e quando os valores dos combustíveis podem ser reduzidos e aumentados. Com isso, a diretoria executiva da estatal passaria a apenas executar as decisões.
Hoje, quem decide sobre reajustes dos combustíveis na Petrobras é o presidente da estatal, o diretor financeiro e o diretor de logística. Os três tomam a decisão com base na cotação do dólar e do petróleo e informam o percentual de queda ou redução ao Conselho de Administração.
A mudança na forma como isso daria dá ampla margem para interesses eleitoreiros, como ocorre neste momento, com o presidente Jair Bolsonaro comemorando e fazendo publicidade da queda da gasolina após ele atacar a Petrobras, ameaçar privatizar a estatal e conseguir o que queria após a queda de presidentes que ele havia indicado, mas que se recusaram a mudar a política de preços.
Após mudar o comando da estatal e conseguir uma redução no preço da gasolina, agora Bolsonaro pressiona pela redução do preço do diesel nas refinarias.
Fonte: O TEMPO