Quadrilha já havia feito vítimas em várias cidades mineiras, incluindo Turmalina e Minas Novas
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS), deflagrou entre os dias 8 e 10 de abril a Operação Aphrodite, em resposta a uma denúncia feita por um morador de Capelinha. A ofensiva resultou no cumprimento de nove mandados de prisão e um de busca e apreensão em cidades do Rio Grande do Sul, tendo como alvo uma quadrilha especializada no chamado “golpe do nudes”, associado também a lavagem de dinheiro.
O caso que motivou a operação teve início após um homem de 34 anos, morador de Capelinha, relatar ter sido vítima do esquema. Ele contou à polícia que, após trocar imagens íntimas com uma suposta jovem pela internet, passou a receber ameaças de pessoas que se apresentavam como familiares da menor. Um dos criminosos chegou a se passar por delegado e exigiu dinheiro para abafar o suposto escândalo e cobrir despesas médicas. Sob pressão, o homem transferiu R$ 13 mil antes de procurar ajuda policial.
Durante a investigação, foram identificados três detentos, com idades entre 23 e 28 anos, como autores das extorsões, além de uma mulher de 42 anos, mãe de um dos criminosos, que ajudava o grupo em liberdade adquirindo e habilitando chips de celular. A quadrilha já havia feito outras vítimas em municípios mineiros como Turmalina, Minas Novas e Chapada do Norte, além de mais estados brasileiros.
Aproximadamente R$ 85 mil foram bloqueados das contas dos suspeitos, e a Polícia recomendou a transferência dos presos para presídios de segurança máxima.