Moradora de Capelinha relata espera de 40 minutos e veículos em condições precárias
Uma moradora de Capelinha (MG) que preferiu não se identificar, relatou nesta quinta-feira (13) ao Gazeta dos Vales que a Viação Pássaro Verde continua descumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o Ministério Público. A passageira denunciou atrasos de quase uma hora e más condições dos veículos.
A passageira, que preferiu não se identificar, relatou que, mesmo após a empresa ter assinado o TAC, os problemas persistem. Em uma viagem recente, o ônibus saiu por volta das 21h após atrasar cerca de 40 minutos, além de apresentar condições precárias. “Ônibus de péssima qualidade. Estão chegando agora com 40 min de atraso, até embarcar todos e as bagagens devem sair umas 21h.”, desabafou.
O caso da moradora de Capelinha não é isolado. Entre 2021 e 2024, a Viação Pássaro Verde acumulou mais de 2 mil reclamações de passageiros, que relataram atrasos frequentes, veículos mal conservados, poltronas sem segurança, infestação de baratas e falta de manutenção. A situação chegou ao MPMG, que, após coletar mais de 1.200 assinaturas em uma denúncia coletiva, ajuizou uma Ação Civil Pública contra a empresa.
Na ação, o Ministério Público solicitou em agosto de 2024 uma tutela de urgência para que a empresa regularize os serviços no prazo de 30 dias. Entre as exigências estão a disponibilização de veículos adequados, com manutenção em dia e pontualidade nas viagens. Caso descumpra as determinações, a empresa pode ser multada em R$ 10 mil por viagem irregular. Além disso, a ação pede que a Viação Pássaro Verde seja condenada ao pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, devido ao descaso com a qualidade do serviço prestado.
Enquanto isso, a Dra. Mariana, representante do Ministério Público, orienta que os passageiros afetados com atrasos dos ônibus, entre outras situações, podem procurar o MP para noticiarem os fatos.