Tadeuzinho responde críticas e desafia atual gestão sobre finanças municipais

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O ex-prefeito de Capelinha, Tadeuzinho, veio a público na noite da última quarta-feira (29) para rebater acusações de supostos desvios de recursos durante sua gestão e comentar o decreto de calamidade financeira emitido pela atual administração. O pronunciamento ocorreu após o prefeito Jonas Barreiros decretar, no dia 20 de janeiro, estado de calamidade financeira no município, citando dívidas herdadas da gestão anterior como justificativa para a medida.

Tadeuzinho iniciou seu discurso enfatizando os recursos deixados para a educação. Segundo ele, sua gestão deixou quase R$ 3 milhões na conta do Fundeb, sendo R$ 1,5 milhão destinados à construção de uma escola no bairro Jardim Aeroporto. Ele destacou que a folha de pagamento de janeiro para os servidores da educação já estava praticamente quitada com esses recursos. “Deixamos mais de R$ 1,5 milhão para que a nova gestão pudesse utilizar da forma que entendesse, ou seja, a folha de janeiro da educação já estava praticamente paga”, afirmou.

Segundo Tadeuzinho, durante seus oito anos à frente da prefeitura, nunca houve atraso no pagamento dos servidores nem retenção indevida de recursos. Ele explicou que havia um montante de aproximadamente R$ 800 mil em restos a pagar relacionados ao INSS e ao décimo terceiro salário, mas que essa pendência foi automaticamente debitada sem prejuízo aos servidores. “Os valores foram debitados no dia 10 sem prejuízo para o servidor público. Então a gente não acreditava que nós estávamos recolhendo e não estávamos repassando, isso é mentira”, afirmou o ex-prefeito.

Sobre o decreto de calamidade financeira, Tadeuzinho disse respeitar a decisão do atual prefeito, mas ressaltou que a medida não deve ser usada para culpar sua gestão. “Encontramos restos a pagar e dívidas quando assumimos em 2017, mas trabalhamos para resolver. Agora, é hora de a nova gestão assumir suas responsabilidades”, declarou.

O ex-prefeito também informou que o município já recebeu mais de R$ 9 milhões em recursos próprios e do Fundeb, sem contar os repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e os R$ 2,2 milhões destinados à saúde.

Por fim, ele listou obras realizadas em sua gestão, como a construção da rodoviária, do quartel da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, além de pavimentações e recapeamentos em diversas áreas da cidade. “Essa questão de culpar a nossa gestão vai ter que passar rápido, porque o povo não é bobo”, finalizou.

Calamidade financeira decretada

A Prefeitura de Capelinha decretou no dia 20 de janeiro estado de calamidade financeira no âmbito da administração pública municipal. O documento destaca que a crise financeira é resultado de dívidas herdadas da gestão anterior.

O decreto estabelece um prazo inicial de 120 dias, podendo ser prorrogado, e determina a drástica redução de despesas administrativas e a limitação de novos empenhos. Além disso, a realização de quaisquer despesas que dependam de recursos próprios ficará condicionada à aprovação do prefeito Jonas Barreiros.

De acordo com o decreto, apesar das dificuldades, a administração se compromete a manter os serviços essenciais e a buscar medidas para regularizar a situação financeira do município.

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