Neste mês, em Capelinha, aconteceu a premiação do Concurso de Qualidade dos Cafés da Agricultura Familiar, realizado pela EMATER. O evento registrou a participação de 22 cidades e 43 competidores, entre os quais vários produtores atendidos pelo Programa de Assistëncia Técnica e Gerencial (ATeG) do Sistema Faemg Senar se destacaram, principalmente Lúcio Ferreira, primeiro lugar geral, pontuação de 85,2, com o Café Cereja Descascado; e Cláudia de Souza, segundo lugar na categoria Mulheres, com pontuação de 83,3.
Wesley Gomes, técnico de campo que acompanha os produtores há quase quatro anos, destacou a releväncia da evolução das práticas de pós-coleta nas propriedades. “Antes do ATeG, a preocupação em produzir um café de qualidade era mínima. Com o atendimento, os produtores passaram a dedicar mais atenção às operações, implementando uma nova postura para a secagem,” explicou. O aprimoramento da rotina da fazenda, de acordo com Wesley, potencializou o resultado como um todo.
Por outro lado, a metodologia do Programa é um ponto de destaque para o produtor campeão. A inovação trazida pelo ATeG, segundo ele, introduziu uma nova rotina com “processos mais modernos para trabalhar”. “Antes, eu tentava aprender com outros produtores, mas tudo era muito arcaico e não tinha resultado. Iniciamos o trabalho com mais lógica e percebi que a falta de informação sempre foi um dos maiores gargalos na propriedade”, ressaltou, já com vistas para um novo momento na fazenda.
Apenas no mës de novembro, já foram contabilizadas 16 premiações no grupo do ATeG Café + Forte. Nos dois últimos meses do ano, o número tende a aumentar com eventos já programados no calendário da cafecultura. Para 2025, também há uma excelente expectativa, consequëncia da crescente aposta de projeção de marcas por meio de concursos. “O produtor Lúcio, por exemplo, agora está disputando um concurso estadual. Estamos confiantes e dia após dia comprovamos a importância do ATeG para pequenos e médios produtores do Vale do Jequitinhonhas”, comemorou o presidente do SPR de Capelinha, Murilo Horta.
Mais competividade e envolvimento
Com o crescente interesse em participar de concursos e a busca incessante por qualidade, os produtores demonstram que estão cada vez mais engajados em aprimorar. O técnico de campo já percebeu mais vaidade e entendimento de que os concursos são uma verdadeira vitrine para o negócios. O gerente regional do Sistema Faemg Senar, Luiz Rodoldo Antunes, considera que os resultados evidenciam a importância de programas que fomentem a qualidade. “O ATeG é um parceiro forte para o progresso contínuo da Chapada de Minas, que se consolidou como um polo de excelência na produção de cafés especiais. O futuro da atividade na região é determinado pelo desenvolvimento técnico dos produtores”, pontuou.
Para ele, a importância da capacitação técnica se reflete nas atuais conquistas dos produtores da região e permitem concluir que o “Programa ATeG tem sido um catalizador da melhoria contínua, que eleva os produtores como protagonistas da cena cafeeira no Vale do Jequitinhonha”
