Famílias brasileiras enfrentam alto nível de endividamento em junho, revela Banco Central

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familias brasileiras endividadas
familias brasileiras endividadas

O endividamento das famílias brasileiras com o sistema financeiro manteve-se em um nível elevado no mês de junho de 2024, atingindo 47,6%, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central. Esse percentual reflete a mesma taxa registrada em maio, e fica apenas um pouco abaixo do recorde histórico da série, que foi de 50,1% em julho de 2022. Quando excluídas as dívidas relacionadas a financiamentos imobiliários, o endividamento das famílias permaneceu estável em 29,8% entre maio e junho.

Desenrola Brasil e seus impactos

O programa Desenrola Brasil, que se encerrou em maio de 2024, desempenhou um papel significativo na redução da inadimplência, especialmente entre a população mais vulnerável. O programa beneficiou 15,06 milhões de pessoas, com a renegociação de dívidas que totalizaram R$ 53,07 bilhões, correspondendo a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. De acordo com o Ministério da Fazenda, o programa conseguiu reduzir a inadimplência em 8,7% entre os brasileiros mais vulneráveis, que foram o foco principal da iniciativa. Dentro desse grupo, cerca de 5 milhões de pessoas tiveram sucesso na renegociação de R$ 25,43 bilhões em débitos.

Comprometimento de renda com o sistema financeiro

O comprometimento da renda das famílias com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) também mostrou um leve aumento no mês de junho, subindo para 26,00%, em comparação com os 25,8% registrados em maio. O recorde da série histórica foi observado em junho de 2023, quando o comprometimento atingiu 28,4%. Ao excluir os empréstimos imobiliários, o comprometimento da renda subiu de 23,7% em maio para 24,0% em junho.

Crédito ampliado ao setor não financeiro

Além disso, o saldo do crédito ampliado ao setor não financeiro registrou um crescimento de 1,3% em julho de 2024, em comparação com o mês anterior, totalizando R$ 17,743 trilhões. Esse montante equivale a 157,8% do PIB brasileiro. O crédito ampliado engloba não apenas as operações de empréstimos realizadas através do Sistema Financeiro Nacional (SFN), mas também inclui operações com títulos públicos e privados, proporcionando uma visão mais abrangente sobre o financiamento das empresas, famílias e do governo. O saldo do crédito ampliado às empresas apresentou um crescimento de 1,9%, alcançando R$ 6,248 trilhões, o que corresponde a 55,6% do PIB.

FONTE: Plox Brasil