UFMG seleciona novos voluntários para realizar testes de nova vacina contra a Covid-19

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A Universidade Federal de Minas Gerais abriu um cadastro pra quem deseja se voluntariar a participar das fases um e dois dos testes clínicos da nova vacina contra Covid-19, criada pela universidade. Um formulário online foi disponibilizado para que os candidatos possam se inscrever: http://www.ctvacinas.ufmg.br/index.php/estudo-spin/.

A expectativa da universidade e que o novo imunizante esteja pronto para aplicação na população a partir de 2025. A vacina está sendo desenvolvida no Centro de Tecnologia de Vacinas, instalado no Parque Tecnológico de Belo Horizonte, o centro de biotecnologia e resultado de uma parceria da UFMG e o Instituto René Rachou, unidade regional da Fundação Oswaldo Cruz, instituição ligada ao Ministério da Saúde.

Os cadastros dos candidatos passarão por uma avaliação que verificará os pré-requisitos. Os voluntários da fase 1 não podem ter tido Covid-19, devem ter recebido as duas doses iniciais da vacina CoronaVac e uma dose de reforço da Pfizer há pelo menos 9 meses, também e preciso ter a idade entre 18 e 85 anos, e ser saudável, e no caso das mulheres, não estar gravida e nem amamentando. Também deve residir na cidade de Belo Horizonte pelo período dos 12 meses do estudo.

Já na fase 2, o fato de já ter tido a doença não será impeditivo, os demais critérios de recrutamento continuam sendo mantidos.

O começo dos testes já foi aprovado pelo CEP/Conep, instância máxima de avaliação ética em protocolos de pesquisa em seres humanos. Serão escolhidos 72 candidatos para a fase 1 e 360 para a fase 2, de acordo com os resultados dos primeiros testes será realizada a fase 3, para avaliar a eficácia com 4 mil a 5 mil participantes.

Os resultados tem se mostrado promissores em testes pré-clínicos com animais. Quando inoculada em camundongos, foi observada uma resposta bastante promissora: a formulação induziu 100% de proteção. Também foram realizados testes de tolerabilidade e imunogenicidade, em primatas não humanos. Esses experimentos tem como objetivo detectar possíveis efeitos colaterais e confirmar a geração de anticorpos.